Dois órgãos pĂșblicos da comarca de Campo ErĂȘ, no Extremo-Oeste, foram alvo do golpe que estelionatĂĄrios estão aplicando em todo Estado e que utiliza a figura do juiz como "isca" para ludibriar suas vĂtimas.
Os criminosos usam nomes falsos para se apresentar como juĂzes que precisam de alguém de confiança para servir de motorista por alguns dias, em incursões pelo interior do Estado. Os Ășltimos casos ocorreram na semana passada.
O contato inicial ocorre junto a órgãos pĂșblicos, que repassam nomes de profissionais da região. Em nova ligação, agora direto para a pessoa indicada, o golpista alega que depositou quantia maior do que a combinada, equivocadamente, e pede reembolso do valor extra. O cidadão indicado pela Prefeitura de Campo ErĂȘ chegou a depositar R$ 700 como estorno ao estelionatĂĄrio. Foi feito um boletim de ocorrĂȘncia.
A Câmara de Vereadores do municĂpio também foi procurada, mas o presidente do órgão entrou em contato com o fórum para saber se havia realmente um magistrado com o nome utilizado e constatou que se tratava de um golpe. O mesmo aconteceu com a Prefeitura de Santa Terezinha do Progresso, municĂpio pertencente à comarca, hĂĄ dois meses. ImbuĂda de boa-fé, a vĂtima só percebe que foi enganada quando comparece à unidade judiciĂĄria para ser ressarcida e percebe que o suposto magistrado não existe.
O NĂșcleo de InteligĂȘncia e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (NIS/TJSC) identificou, em setembro do ano passado, a prĂĄtica de um golpe envolvendo o Poder JudiciĂĄrio, o que motivou a orientação a todas as comarcas acerca da prĂĄtica delituosa. Adotadas tais medidas, por muito tempo não foram constatados novos casos. A orientação é para que as vĂtimas registrem boletim de ocorrĂȘncia na PolĂcia Civil local e, sempre que possĂvel, encaminhem as informações para o NĂșcleo através do email [email protected] para que a equipe especializada possa monitorar os casos.4
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Fonte: Portal São Miguel / TJSC