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Todos os municípios da Ameosc estão em situação de emergência por causa da estiagem

Em Itapiranga, a produção de forragem foi severamente afetada e várias lavouras de milho apresentam retardo no desenvolvimento.

Por Redação Onda Positiva em 05/11/2020 às 08:58:01

Foto: Divulgação

Em situação de estiagem desde junho de 2019, segundo dados do Governo Estadual, Santa Catarina vem necessitando de uma conversa afinada entre os municípios e o Poder Executivo. Durante o período, houveram momentos mais amenos, mas a situação voltou a se agravar em 2020. As regiões mais atingidas são o Oeste, Meio-Oeste, Extremo-Oeste e Planalto Sul.

Na terça-feira (3), os presidentes de Associações de Municípios, da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e o secretário de Estado da Agricultura, Ricardo de Gouvêa se reuniram por via online para debater a situação. O prefeito de São José do Cedro e presidente da Ameosc (Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina), Plínio de Castro representou os prefeitos dos 19 municípios da região.

Após ouvir os prefeitos, o secretário de Estado da Agricultura, Ricardo Gouvêa destacou que o Governo de Santa Catarina vem realizando ações, incluindo, um fundo financeiro - através da Epagri - para auxiliar os agricultores com valores de até R$ 25 mil de forma individual e de até R$ 50 mil quando em grupo, para posto,s artesianos.

Além disso, segundo ele, o Estado também tenta viabilizar recursos junto ao Governo Federal para dispor de óleo diesel para a utilização dos maquinários e do armazenamento da água da chuva nas propriedades por meio da construção de cisternas.

Castro solicitou a agilização do processo de homologação dos decretos de emergência apresentados pelos municípios a fim de que seja possível dentre em breve a busca por crédito e subsídios por parte do Governo Federal. Gouvêa pediu então para que os municípios encaminhem a documentação necessária com dados técnicos para que se agilize a homologação.

O presidente da Ameosc ainda reivindicou que o Estado disponibilize para os municípios ajuda financeira para manter os caminhões de distribuição e os equipamentos dos municípios, especialmente para custear diesel. Também solicitou ajuda financeira para que os municípios possam terceirizar horas máquina para abertura de bebedouros, ampliação dos reservatórios de água, tudo visando melhorar a disponibilidade de água de animais também.

Durante a reunião, a Epagri Ciram apresentou uma previsão de em média 60 milímetros de chuva até o dia 18 de novembro. Ainda assim, a expectativa ficará abaixo da média nos próximos dias na região. De junho de 2019 para cá, o déficit de chuva já é de 600 milímetros.

OS DANOS NOS MUNICÍPIOS

Conforme relatório apresentado pela Epagri Regional, os prejuízos são identificados em todos os municípios. Dos 19 municípios que compõe a Associação, todos já decretaram situação de emergência.

No município de Itapiranga, a produção de forragem foi severamente afetada e, devido a esta situação, há aumento no trato dos animais por alimentos conservados (silagens, feno, pré-secado). Além disso, várias lavouras de milho apresentam retardo no desenvolvimento.

Outro município que vem sofrendo prejuízos na região é Mondaí. Por lá, as pastagens perenes de verão estão bastantes prejudicadas, não estão germinando. O gado leiteiro e de corte estão reduzindo sua produção em função da escassez de alimentos.

Em São João do Oeste, muitas lavouras de milho estão em pendoamento e com porte mais baixo. Algumas áreas têm semeadura sendo postergada, pastagens com crescimento baixo e lavouras de fumo com desenvolvimento menor.

Em Tunápolis, há lavouras em desenvolvimento, no entanto, em alguns casos com germinação irregular. Algumas famílias adiaram o plantio e aguardam as chuvas para fazer o mesmo. No município, os agricultores fazem o transporte de água por conta própria.

Fonte: Ameosc

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