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ECONOMIA

FMI vê economia do Brasil melhor em 2021, mas abaixo do crescimento dos vizinhos

Dados do relatório econômico mundial foram publicados nesta terça-feira, 26


Foto: Divulgação

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou positivamente as projeções para o crescimento da economia brasileira para os próximo anos, ao mesmo tempo que prevê queda menos severa em 2020, segundo dados do relatório econômico mundial publicado nesta terça-feira, 26. A entidade espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do país chegue a 3,6% neste ano, ante estimativa de 2,8% na edição passada, divulgada em outubro de 2020. Para 2021, a previsão passou para crescimento de 2,6%, contra os 2,3% estimados anteriormente. Olhando para trás, o FMI espera que a crise gerada pelo novo coronavírus faça o PIB de 2020 retrair para 4,5%.

Em outubro do ano passado, a expectativa era de queda na casa de 5,8%. No relatório publicado em julho, quando o mundo atravessava um dos momentos mais severos da pandemia, o FMI esperava queda de 9,1% da economia brasileira naquele ano. Apesar da revisão positiva, a recuperação do Brasil deve ser menor do que as dos seus pares. O levantamento projeta alta de 6,3% para os países emergentes em 2021, e 5% no próximo ano. Já para a região da América Latina e Caribe, a alta deve chegar a 4,1% neste ano, e 2,9% em 2022.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira que espera alta de 3,5% da economia em 2021. O número está de acordo com a previsão do mercado, que projeta crescimento de 3,49%, segundo o Boletim Focus publicado nesta semana. O recrudescimento da pandemia, a volta de medidas de isolamento social e a demora para o país engatar uma campanha de imunização sólida, no entanto, já fazem com que economistas enxerguem um desempenho abaixo de 3%.

O órgão também atualizou as projeções para o desempenho da economia mundial e espera recuperação mais forte do que previsto em outubro. Agora, o FMI projeta que o PIB do globo cresça 5,5% neste ano, ante expectativa de 5,2% registrada anteriormente. Já para 2021, a projeção é avanço de 4,2%, o mesmo valor previsto em outubro passado. A queda para 2020 também foi alterada para 3,5%, ante 4,4%. Em julho, a previsão era tombo de 4,9%.

O FMI aponta o início da imunização em diferentes partes do mundo o principal fator de mudança, mesmo reconhecendo que o surgimento de novas cepas da Sars-CoV-2 seja um grande desafio. "Embora as recentes aprovações de vacinas tenham gerado esperança de uma mudança na pandemia ao final deste ano, novas ondas e novas variantes do vírus inspiram preocupações com as perspectivas."

O órgão também destaca que a recuperação das economias será disforme diante da dificuldade de acesso aos imunizantes pelos países menos desenvolvidos. A entidade cita a necessidade do alto custo para combate à pandemia e os reflexos entre economias distintas.

"Muitos países, especialmente as economias em desenvolvimento de baixo rendimento, entraram na crise com uma dívida elevada, que deverá aumentar ainda mais durante a pandemia. A comunidade global terá que continuar trabalhando para assegurar o acesso adequado à liquidez para estes países", afirmaram os técnicos da autoridade monetária. O FMI ainda aponta a Covax, uma coalização de mais de 160 países liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir a distribuição de imunizantes para todos.

"As ações políticas devem assegurar apoio eficaz até que a recuperação esteja firmemente em curso, com ênfase no avanço dos principais fatos determinantes para o aumento do potencial de produção, assegurando um crescimento participativo que beneficie todos, acelerando a transcrição para a menor dependência do carbono."

JP

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