A PolĂcia Federal abriu inquérito para investigar supostas irregularidades cometidas pelo secretĂĄrio de Comunicação Social da PresidĂȘncia da RepĂșblica, FĂĄbio Wajngarten.
O inquérito, que vai correr sob sigilo, foi aberto na SuperintendĂȘncia da PolĂcia Federal na Ășltima sexta-feira (31). A informação, publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e confirmada pela TV Globo, é de que o pedido foi feito pelo procurador Frederick Lustoza, do Ministério PĂșblico Federal (MPF) em BrasĂlia.
O objetivo, segundo o procurador, é investigar indĂcios de corrupção, peculato (apropriação de recursos pĂșblicos) e advocacia administrativa, que é quando o gestor usa cargo pĂșblico para defender interesses privados.
Em nota, Wajngarten afirmou que a abertura de inquérito é "mais um passo na rotina do processo de investigação", e que terĂĄ oportunidade de provar que não cometeu qualquer irregularidade.
"Como serĂĄ comprovado, não hĂĄ qualquer relação entre a liberação de verbas publicitĂĄrias do governo e os contratos da empresa FW Comunicação – da qual me afastei conforme a legislação determina – que são anteriores à minha nomeação para o cargo, como pode ser atestado em cartório", diz.
Desde janeiro, a "Folha" vem publicando reportagens que apontam possĂvel conflito de interesses envolvendo o secretĂĄrio de Comunicação. FĂĄbio Wajngarten tem uma empresa de mĂdia que presta serviços a emissoras de TV e agĂȘncias de publicidade.
Essas empresas que contratam a firma de Wajngarten, segundo as reportagens, também tĂȘm contratos com a Secretaria de Comunicação. Wajngarten foi nomeado para o cargo em abril do ano passado.
A "Folha" diz também que Wajngarten omitiu informações sobre a empresa à Comissão de Ética PĂșblica da PresidĂȘncia da RepĂșblica.
Ao assumir o cargo, segundo o jornal, ele afirmou ao colegiado que não tinha exercido, nos 12 meses anteriores, atividades em "ĂĄrea ou matéria afins às atribuições pĂșblicas, que possam gerar conflito de interesses." O documento foi obtido e divulgado pela "Folha".
O que diz o citado"A abertura de inquérito pela PolĂcia Federal é mais um passo na rotina do processo de investigação solicitado pelo Ministério PĂșblico Federal do Distrito Federal em 28 de janeiro passado.
SerĂĄ a oportunidade que terei para provar que não cometi qualquer irregularidade na minha gestão à frente da Secretaria Especial de Comunicação da PresidĂȘncia da RepĂșblica (Secom) desde abril do ano passado.
Como serĂĄ comprovado, não hĂĄ qualquer relação entre a liberação de verbas publicitĂĄrias do governo e os contratos da empresa FW Comunicação – da qual me afastei conforme a legislação determina – que são anteriores à minha nomeação para o cargo, como pode ser atestado em cartório.
Tenho um nome a zelar, um trabalho de mais de 20 anos no mercado, o seu respeito e reconhecimento.
Confio no trabalho da PolĂcia Federal e na decisão do Ministério PĂșblico Federal do Distrito Federal."