O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, presta o primeiro depoimento nesta terça-feira (4), na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga falhas dos governos federal e estaduais no combate à pandemia de Covid-19.
Entre os ministros que passaram pelo gabinete da Saúde, no governo federal, a maior expectativa é pelo depoimento de Mandetta, que assumidamente, saiu "chamuscado" da relação com o presidente Jair Bolsonaro. Já às 14h, será a vez de seu sucessor na pasta, Nelson Teich, que assumiu em abril de 2020.
Mandetta, apontado como possível candidato à sucessão de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, lançou um livro em setembro do ano passado, "Um Paciente Chamado Brasil", em que conta que o presidente negava a gravidade da doença.
Além disso, na obra o ex-titular da Saúde narra que Bolsonaro não parecia se importar com os dados que o ministério informava e era um obstáculo a medidas de proteção e isolamento social. O livro foi escrito pelo jornalista Walter Nunes com depoimentos de Mandetta.
De acordo com o ex-ministro, Bolsonaro negava enfrentar a gravidade da crise sanitária. "Ele nunca aceitou sentar comigo para ver a realidade que o seu governo estava para enfrentar."
Depoimento de Nelson Teich
Nesta tarde, Teich será questionado pelo pouco tempo que ficou na pasta, apenas um mês. Na quarta-feira (5), será ouvido na CPI seu sucessor, Eduardo Pazuello.
Segundo reportagens da época, Teich não quis mudar o protocolo do Ministério da Saúde a favor do uso da cloroquina, o que Pazuello fez logo que assumiu o cargo, a mando do presidente.
Já na quinta-feira (6), serão ouvidos o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres.
Fonte: ND+