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Santa Catarina enfrenta aumento de 75% nos focos do mosquito da dengue

A maior parte dos municípios infestados pelo mosquito estão no Oeste e Litoral Norte

Por Redação Onda Positiva em 14/10/2021 às 09:31:30

Foto: Divulgação

Santa Catarina passa por um novo aumento no nĂșmero de focos do mosquito da dengue nos Ășltimos anos. Entre janeiro e outubro de 2021, o Estado registrou um aumento de 75% quando comparado com o perĂ­odo em 2020. A maior parte dos municĂ­pios infestados pelo mosquito estão no Oeste e Litoral Norte catarinense.

MunicĂ­pios infestados são aqueles que tĂȘm a presença do Aedes aegypti e o mosquito se mantém ao longo dos meses. No ano passado, o nĂșmero de cidades infestados era 103 e aumentou para 118 em 2021. As informações são do boletim epidemiológico lançado em outubro pela Dive.

No mapa de Santa Catarina estão identificados os municĂ­pios infestados pelo Aedes aegypti – Foto: InfogrĂĄfico/ Dive/ Reprodução

Causas do aumento

Com a infestação nas maiores cidades, os municĂ­pios ao redor foram sendo pressionados e também infestados pelo Aedes aegypti. O diretor da Dive/SC,João Augusto Brancher Fuck, explicou a situação em entrevista. "TĂȘm as condições climĂĄticas, a dificuldade em realizar algumas ações e um descuido da população". Todos esses fatores contribuem para o aumento na região, das cidades maiores para as menores.

Oeste e Litoral Norte

Segundo o diretor da Dive/SC, o grande nĂșmero de cidades infestadas no Oeste pode ser explicado por ser a primeira região a identificar infestação. Chapecó, São Miguel do Oeste e Pinhalzinho estão entre os primeiros municĂ­pios infetados em Santa Catarina.

Com o tempo outras cidades foram infestadas, impulsionadas pela presença constante do mosquito nas cidades polos. "Por serem os primeiros municĂ­pios a se tornarem infestados acabou contribuindo para que toda a região acabasse infestada", explica.

O Litoral Norte segue um caminho parecido, com o alto nĂșmero de circulação de produtos e pessoas entre as cidades grandes e pequenas infestando toda a região.

"São municĂ­pios muito próximos e a gente tĂȘm uma circulação grande de pessoas e mercadorias. Isso acaba contribuindo para a dispersão naquela região".

Riscos e ações

Mais municĂ­pios infestados aumentam o risco de ter mais pessoas infectadas, explica João. "A presença do mosquito traz o risco de ter transmissão de dengue, chikunguya e zika vĂ­rus, o que pode levar a uma epidemia", lembra Fuck.

Foram quase 19 mil casos de dengue registrados em 2021. "Isso que vimos no Estado em 2021, comparado a 2020, foi um aumento no nĂșmero de casos. E, claro, sinaliza o aumento das ações", reforça.

A preocupação começa agora, com o objetivo de controlar a doença em 2022. O perĂ­odo sazonal, mais propĂ­cio para a proliferação do Aedes aegypti, acontece entre novembro e fevereiro.

"É o momento das equipes municipais olhar, intensificar e reforçar as ações para quando chegar no perĂ­odo sazonalidade para que a gente tenha uma situação melhor e consiga refletir em não ver novos surtos e epidemias acontecendo", completa o diretor.

Fonte: ND+

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