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Equipe de TV é agredida em praia de Florianópolis

Profissionais faziam reportagem sobre desrespeito a regras de combate à pandemia quando foram cercados por populares

Por Redação Onda Positiva em 02/11/2020 às 15:30:37

Foto: Reprodução/NSC

Dois profissionais da NSC TV foram agredidos na manhã desta segunda-feira (2) na praia do Campeche, em Florianópolis, enquanto faziam uma reportagem. A equipe registrava imagens de desrespeito ao decreto estadual que estipula regras contra a pandemia de coronavírus.

No local, estavam a repórter Bárbara Barbosa e o cinegrafista Renato Soder. A ideia era apresentar a reportagem ao vivo da praia. Os profissionais foram cercados por pessoas que não queriam ser gravadas na praia, onde estavam descumprindo a determinação estadual que proíbe a permanência na faixa de areia.

Algumas pessoas avançaram sobre a câmera, ameaçando quebrar o equipamento caso a equipe não parasse de gravar. Depois, outras pessoas tentaram tirar das mãos da repórter o celular dela, que usava justamente para gravar a agressão.

A repórter foi cercada por parte do grupo e ficou com marcas da agressão nos braços. Os fatos aconteceram na frente de um posto salva-vidas. Não havia agentes da Polícia Militar ou da Guarda Municipal na praia.

Confira o vídeo das agressões


A NSC TV acionou a Guarda Municipal e a Polícia Militar, e irá registrar boletim de ocorrência sobre a ameaça e a agressão sofrida pelos dois profissionais.

A NSC Comunicação emitiu a seguinte nota a respeito

O ataque e a agressão à equipe da NSC, nesta segunda-feira na Praia do Campeche, são uma tentativa de impedir o trabalho da imprensa, de levar os fatos ao conhecimento público - o que é garantido pela Constituição federal. Atitudes como esta, que infelizmente mostramos no Jornal do Almoço, estão se >repetindo no país inteiro. Mas elas revelam e fortalecem a importância do nosso trabalho. Os agressores responderão pelos seus atos. E nós vamos continuar fazendo o que fazemos: jornalismo profissional, independente e essencial para a sociedade catarinense.

A agressão também repercute entre entidades de impensa:

ACI

A Associação Catarinense de Imprensa se solidariza com os profissionais e repudia a covarde agressão sofrida por uma equipe da NSC TV na manhã deste feriado. A equipe produzia reportagem sobre o movimento nas praias da Capital catarinense em meio ao crescimento do número de casos do coronavírus, quando foi abordada e cercada por populares que estavam na praia.

Muito além de solidariedade, porém, a entidade manifesta preocupação com a crescente onda de violência contra jornalistas e contra o jornalismo. Segundo a Federação Nacional de Jornalistas, o número de agressões aos profissionais de imprensa saltou de 135 em 2018 para 208 casos em 2019. São muitas vezes agressões verbais, tentativas de desqualificação do trabalho e intimidação física e verbal, que em vários casos vêm culminando com agressões físicas.

Os ataques aos jornalistas e ao jornalismo ferem a democracia e tem consequências imprevisíveis para as liberdades de todos. Ainda que os fatos relatados contrariem convicções, é inaceitável que sejam feridos princípios básicos de urbanidade e civilidade, ao ponto de profissionais serem cercados e agredidos simplesmente por estarem trabalhando. Tentar calar a imprensa é atitude irresponsável e perigosa de pessoas que flertam com o autoritarismo sem ao menos entender as implicações históricas de tal atitude. Espera-se que os agressores sejam devidamente identificados e exemplarmente punidos, na forma da lei.

ANJ

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamenta as agressões sofridas hoje por profissionais de jornalismo da NSC TV, na Praia do Campeche, em Florianópolis. Foi uma atitude covarde, autoritária, intolerante e que demonstra falta de compreensão do papel dos jornalistas na sociedade. Além das agressões verbais e físicas, condenáveis em qualquer situação, o que houve foi também uma tentativa de impedir que a verdade chegue ao conhecimento dos cidadãos. Portanto, se trata de um ataque ao direito das pessoas de serem livremente informadas. A ANJ espera que os agressores sejam identificados e encaminhados à Justiça, para que sejam punidos nos termos da lei.

Fonte: NSC

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