O governador Jorginho Mello (PL) anunciou, na segunda-feira (10), que cada escola estadual de Santa Catarina passará a ter um profissional armado.
A medida será implementada em até 60 dias, em resposta ao ataque em Blumenau.
Serão contratados para isso policiais militares, civis e bombeiros da reserva, ao custo anual previsto em R$ 70 milhões, segundo o governador.
— Vamos contratar um policial armado para cada escola, vamos chamar os policiais aposentados, que têm experiência e credibilidade, que conhecem o bairro e cada escola. Vamos ter policiais militares, civis, bombeiros, fardado, armado, um dentro de cada escola — afirmou o governador.
A medida foi anunciada durante a cerimônia de balanço dos 100 primeiros dias da gestão Jorginho, cinco dias após a tragédia na creche particular Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, que deixou quatro crianças mortas.
Desde o incidente, na última semana, o Estado discute medidas de segurança para instituições de ensino.
Ainda em 2021, após ataque a creche de Saudades, o executivo tinha anunciado que colocaria vigilantes em mais de mil unidades estaduais e chegou a abrir licitação.
Porém, a iniciativa nunca foi discutida com a categoria, que defende o retorno da figura do zelador, e não saiu do papel. A discussão voltou à tona na última semana.
Em Blumenau, a prefeitura afirmou estar discutindo a contratação de policiais militares da reserva ou bombeiros para atuar nas 128 unidades de educação estadual.
A possibilidade já foi discutida com o governador Jorginho Mello, mas ainda não foi oficializada. Caso isso não seja possível, a prefeitura irá agilizar a contratação de segurança privada e armada.
Já em Florianópolis, as escolas e creches da rede municipal terão a segurança feita por pelo menos um agente da Guarda Municipal, já a partir desta segunda-feira (10).
A ideia da prefeitura é que o agente chegue na unidade antes da abertura, faça uma vistoria nos ambientes internos, acompanhe a entrada dos alunos e o fechamento dos portões. Eles devem também fazer rondas nos arredores.
Fonte: NSC