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Pacientes na Holanda e na Bélgica foram reinfectados pelo novo coronavírus, diz imprensa

Relato dos dois casos europeus acontece um dia depois que cientistas de Hong Kong confirmaram o primeiro caso de reinfecção.

Por Clara Luisa Kessler / [email protected] em 25/08/2020 às 10:09:19

Foto: Reprodução

Um paciente na Holanda e outro na Bélgica foram reinfectados pelo novo coronavírus, o Sars-CoV-2, segundo noticiou a imprensa holandesa nesta terça-feira (25). O relato dos dois casos europeus acontece um dia depois que cientistas de Hong Kong confirmaram o primeiro caso de reinfecção.

O paciente holandês era um idoso com sistema imunológico enfraquecido, relatou a emissora holandesa NOS, citando a virologista Marion Koopmans. O virologista explicou que uma reinfecção - como é o caso dos casos holandês e belga - requer testes genéticos tanto no primeiro quanto no segundo caso de infecção para ver se há diferenças no vírus presente.

A emissora NOS afirmou que o paciente belga apresentou apenas sintomas leves. O virologista Marc Van Ranst explicou à emissora holandesa que os anticorpos que o paciente desenvolveu na primeira infecção não eram fortes o suficiente para evitar uma nova contaminação por uma variante ligeiramente diferente do novo coronavírus.

Reinfectado em Hong Kong

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong anunciaram na segunda-feira (24) que um homem de 33 anos, aparentemente saudável, foi infectado duas vezes pelo novo coronavírus em um intervalo de 4 meses e meio. Ao ser contaminado pela 1ª vez, o paciente teve apenas sintomas leves; na segunda vez, nenhum sintoma. A análise do código genético do vírus mostrou que o vírus da segunda infecção pertencia a uma linhagem diferente da primeira.

Reinfecção é 'possível', mas não 'parece ser comum"

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a reinfecção é possível, mas que os casos de reinfecção pelo novo coronavírus não parecem ser comuns. "É um caso documentado em mais de 23 milhões. E provavelmente veremos mais casos, mas parece não ser um evento regular", afirmou a porta-voz, Margaret Harris, sobre o caso em Hong Kong. Na terça, ao comentar o caso de Hong Kong, a líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove, afirmou que, segundo o que se sabe até agora, todos que são infectados pelo Sars-CoV-2 desenvolvem algum nível de imunidade contra ele – a questão é saber o quão protetora ela é e por quanto tempo dura.

Implicações para a vacina

O surgimento de casos comprovados de reinfecção alimenta temores sobre a eficácia das vacinas que estão em teste, embora os especialistas digam que seria necessário haver muito mais casos de reinfecção para que eles se justificassem. Para a pesquisadora Ester Sabino, da Faculdade de Medicina da USP, que fez parte da equipe que sequenciou o genoma do coronavírus no Brasil, as mutações não são o problema, porque, além de serem poucas, no caso do coronavírus, as mudanças (mutações) que ele sofre não mudam a forma com que é reconhecido pelo sistema imune. A questão é se o corpo é capaz de manter esse reconhecimento a longo prazo.

Fonte: G1

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