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Abraji cobra explicações do Grêmio após ameaças de Renato à imprensa

Após a derrota para o Flamengo, treinador atacou jornalistas

Por Redação Onda Positiva em 29/01/2021 às 20:14:21

Foto: Divulgação

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) notificou o Grêmio após as ameaças realizadas pelo técnico Renato Portaluppi em entrevista coletiva na noite desta quinta-feira. Após a derrota de virada do Grêmio para o Flamengo por 4 a 2, o treinador atacou jornalistas e fez ameaças, declarando que, nas próximas entrevistas, iria revelar nomes de repórteres para serem cobrados pela torcida do clube.

Na coletiva, Renato manifestou a insatisfação com a cobertura dada por determinados profissionais ao time, cujas atuações estão ficando abaixo do rendimento já apresentado. Ainda sem citar nomes, Renato ameaçou expor os profissionais, para que sejam cobrados. "Se continuar falando besteira durante a semana, vou deixar um de vocês, ou dois ou três, mais famosos, mas eu vou dar o nome. Depois vocês se acertam com a torcida do Grêmio. É só continuar falando besteira lá que eu tenho autorização do meu presidente e aí vocês vão ver lá nas redes sociais", disparou.

A entidade encaminhou um ofício à direção do clube cobrando explicações por conta das declarações.

O presidente da Abraji, Marcelo Träsel, afirmou que trata-se de uma "lamentável tática de intimidação da imprensa", expondo jornalistas a injúrias, ameaças e até agressões físicas, em casos mais extremos. "Tais consequências perturbam o trabalho e causam aflição psicológica aos profissionais da imprensa, muitas vezes resultando em quadros de ansiedade e depressão", afirmou.

Abraji reportou 366 ataques à imprensa em 2020

Conforme a Abraji, o Brasil enfrenta um cenário "sem precedentes" em termos de ataques e ameaças à segurança de jornalistas brasileiros. Segundo levantamento da Associação, foram 366 registros de ataques e agressões no ano de 2020, distribuídos em 12 categorias: assassinatos, sequestros, desaparecimentos forçados, detenções arbitrárias, tortura, agressões e ataques, discursos estigmatizantes, restrições de acesso à informação, processos judiciais, uso abusivo do poder estatal, marcos jurídicos contrários aos padrões e restrições na Internet.

Na sexta-feira, a Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg) repudiou a fala do treinador. A Aceg também criticou o sistema de entrevistas coletivas adotados pelo clube, com perguntas gravadas e selecionadas previamente.

Fonte: Correio do Povo

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