Santa Catarina terĂĄ mais um fim de semana de restrições. A medida foi proposta pelo governo do Estado em uma reunião com prefeitos e entidades nesta quarta-feira, 10. Além disso, foi definida uma lei seca que proibiria a venda de bebidas alcoólicas das 21h até às 6h em todo o território estadual.
Para este fim de semana, ficarão em funcionamento somente aqueles serviços e atividades estritamente necessĂĄrios. As ações foram apresentadas pelo procurador-geral do Estado, Alisson de Bom de Souza, como um modelo prévio de medidas que podem ser adotadas após o fim do decreto 1.168, nesta quinta-feira, 11.
A proposta do Governo do Estado traz também a prorrogação do uso de efetivo de 500 policiais exclusivamente para a fiscalização das medidas sanitĂĄrias previstas em decreto. No caso do transporte coletivo haverĂĄ limitação de 50% da ocupação do veĂculo. O funcionamento de casas noturnas, realização de shows, além de qualquer tipo de aglomeração de pessoas continuam proibidos.
Com validade de 15 dias, elas tĂȘm efeito até quinta-feira, 11. O texto determinou o fechamento, por exemplo, de casas de festas e restringiu a lotação no transporte coletivo, além de um "lockdown" nos Ășltimos dois fins de semana, quando puderam funcionar apenas serviços considerados essenciais. Até mesmo o acesso a praias, parques e praças foi proibido no perĂodo. As ações de fiscalização também foram reforçadas.
Participaram do encontro o secretĂĄrio de SaĂșde André Motta Ribeiro, prefeitos das 21 maiores cidades de SC, representantes da Assembleia Legislativa, Federação Catarinense de MunicĂpios e associações de prefeituras. Os prefeitos começaram apresentando a situação de seus municĂpios e regiões. Houve a fala das entidades e do SecretĂĄrio André Motta.
Entre as medidas que estiveram em discussão na reunião estava a possibilidade de reedição do decreto que fechou as atividades nos finais de semana e a proibição da venda de bebidas alcoólicas durante a noite, em todo o Estado.
O trabalho das forças policiais deve ser mantido por mais uma semana. Segundo informações, 500 policiais militares seguiram dedicados exclusivamente a fiscalização de aglomerações e festas clandestinas. O anĂșncio deve ser feito nas próximas horas.
Antes da reunião com o governador, os prefeitos da Grande Florianópolis se reuniram para discutir as demandas da região. O encontro aconteceu em São José. A situação nos municĂpios preocupa. Além do alto nĂșmero de casos ativos, mais de 7 mil, hĂĄ também lotação dos leitos nos hospitais pĂșblicos e privados.
Santa Catarina enfrenta o pior momento da pandemia. Até na terça-feira, 9, 712.063 casos e 8.170 óbitos pela Covid-19. São 395 pessoas aguardando por leitos em Unidade de Terapia Intensiva.
Fonte: NSC