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Medo de pegar Covid é um dos fatores que mais afeta a saúde mental, diz estudo feito em Santa Catarina

Resultado da pesquisa mostra que pior quadro de sofrimento psicológico não está associado à infecção pelo coronavírus.

Por Rádio Onda Positiva em 18/03/2021 às 19:34:00

Foto: Freepik

Um estudo feito pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em SC, e pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no RS, aponta que um dos fatores que mais prejudicou, e continua afetando, a saúde mental das pessoas, durante a pandemia, é o medo de pegar Covid.

Denominada "MentalCovid", a pesquisa foi iniciada em setembro de 2020 e contempla cinco estudos simultâneos. O objetivo é analisar o impacto da pandemia na saúde mental da população. No momento, os pesquisadores divulgaram os primeiros resultados para duas destas pesquisas, voltadas a adultos e idosos da Zona Urbana de Rio Grande (RS) e Criciúma (SC).

Conforme os pesquisadores, o resultado obtido até o momento mostra que o pior quadro de saúde mental não está associado à infecção pelo coronavírus. Entre os indivíduos diagnosticados com a doença, não houve nenhuma diferença nos índices de depressão e estresse quando comparados àqueles que não tiveram.

— Para nossa surpresa, observamos uma certa melhora no quadro de saúde mental durante a pandemia. Porém, essa melhora não aconteceu para todos. Para as pessoas mais afetadas pela pandemia, como aquelas com maior medo ou preocupação em adquirir a doença, aquelas que buscavam informação sobre a Covid e aquelas com maior grau de isolamento social, elas tiveram os maiores níveis de estresse, depressão, ideação suicida e tristeza — afirmou ao G1 um dos coordenadores da pesquisa, Samuel de Carvalho Dumith.

Além da preocupação com o risco de pegar Covid, a pesquisa aponta que outros dois fatores estão associados ao sofrimento psicológico: a busca excessiva por informações (denominado de infodemia) e o distanciamento social. Os municípios de Rio Grande e Criciúma foram escolhidos pela proximidade em número de habitantes e, também, por terem sido abordados em pesquisas anteriores, pré-pandemia. O estudo se baseou em informações coletadas desde 2016.

Para a nova pesquisa, de outubro de 2020 a janeiro de 2021, foram entrevistados 2.170 indivíduos, com 18 anos ou mais, em mais de mil domicílios.

Fonte: DC

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