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Covid-19: Deputados catarinenses sugerem auditar atestados de óbitos

O pedido foi feito durante sessão da Alesc nesta quarta-feira.

Por Rádio Onda Positiva em 25/03/2021 às 08:03:49

Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL

Com recorde de mortes e centenas de pessoas nas filas por uma vaga de UTI em Santa Catarina, deputados sugeriram auditar os atestados de óbitos relativos às mortes causadas pelo coronavírus. A sugestão foi feita durante a sessão de quarta-feira, 24, da Assembleia Legislativa.

"O senhor Emmanuel Dias de 72 anos foi ao hospital particular em Joinville e o médico disse "pega paracetamol e volta para casa". Dois depois voltou com fortes dores nas costas e o médico disse "procura um massagista". Ele voltou para São Francisco do Sul e dois dias depois retornou, foi intubado, levado para UTI em Itajaí e quatro dias depois morreu", descreveu Kennedy Nunes (PSD).

Segundo o parlamentar, a Covid não estĂĄ sendo tratada convenientemente e parte da fila de mais de 400 pessoas esperando vaga de UTI tem causa no primeiro tratamento ofertado aos contaminados.

"Faço um pedido à Comissão de Saúde para criar uma comissão formada por membros desta Casa, Ministério Público (MPSC), Conselho Regional de Medicina (CRM), Secretaria de Estado da Saúde (SES), secretĂĄrios municipais e associações dos hospitais para analisar todos os atestados de óbito por Covid. CadĂȘ o teste, qual tipo de tratamento, quantos dias intubado? Possíveis erros médicos estão sendo acobertados e colocados dentro de um saco", denunciou o parlamentar.

"O que o médico Kennedy Nunes tem para receitar?", perguntou Maurício Eskudlark (PL), informando em seguida que, contaminado pelo vírus, o médico receitou-lhe dipirona.

"É a medicação para ver se o caso fica mais grave ou não. Acho injusto dizer que estão escondendo coisas, botando dentro de um saco, nunca os profissionais da saúde foram tão exigidos e merecem o nosso reconhecimento quanto agora", garantiu Eskudlark.

Jessé Lopes (PSL) acompanhou Kennedy e criticou Eskudlark. "Se (a cloroquina e ivermectina) não tĂȘm cientificidade nenhuma, qual cientificidade que tem a dipirona ou qualquer outra droga? Esperam para ver se vai agravar e muitos morreram assim", lamentou Jessé.

Neodi Saretta (PT) defendeu mais restrições de circulação e auxílio financeiro para bares, restaurantes e empresas de eventos optantes pelo Simples Nacional. "Todos os esforços tĂȘm sido feitos, mas tem de diminuir a velocidade de contaminação, porque não se darĂĄ conta, são dias com recordes de mortes, de internação, de filas por leitos de UTI, de mortes nas filas", declarou Saretta, que anunciou o protocolo de um projeto de lei para conceder auxílio emergencial aos estabelecimentos que optaram pelo Simples Nacional.

Doutor Vicente Caropreso (PSDB) chamou a atenção para o esgotamento físico e mental dos trabalhadores da saúde e elogiou a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) pela compra de vacinas. "Os médicos e enfermeiras começam a dar sinais de cansaço extremo e o cansaço produz algo extremamente comum, o erro. Considero que os profissionais merecem mais que os parabéns, erros existem, mas no meio de quantos acertos?", discursou Caropreso, que parabenizou a Fecam pela aquisição de 4,7 milhões de doses da vacina russa Sputnik.

Fonte: AgĂȘncia Alesc

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