Catarinense Hering é comprada em negociação "relâmpago" bilionária

Em uma negociação relâmpago, o Grupo Soma – dono de marcas como Animale e Farm -, fechou acordo para incorporar a blumenauense Hering. A conclusão do negócio foi divulgada na manhã de segunda-feira (26). O negócio avalia a centenária marca de confecções catarinense em R$ 5,1 bilhões, valor bem superior aos R$ 3 bilhões que a Arezzo havia oferecido em uma oferta considerada hostil pela companhia na semana passada.

O negócio esquenta de vez a disputa da consolidação do varejo brasileiro, em que as empresas tentam correr para ganhar musculatura em um mercado cada vez mais acirrado. O fechamento do negócio com a Cia Hering coloca o Grupo Soma em um novo patamar entre os varejistas nacionais. A companhia, até aqui, se limitava à atuação no mercado premium. Agora, vai para o segmento de massa.

Negociação relâmpago

As conversas entre Soma e Hering começaram depois da proposta da Arezzo. Segundo o Estadão, a família catarinense não havia gostado da proposta – que considerou baixa -, mas o movimento da calçadista foi suficiente para chamar a atenção de outros interessados.

As negociações com a Soma foram relâmpago. Começaram na quinta-feira (22) e a rapidez surpreendeu até quem estava envolvido no negócio. O grande objetivo da família Hering era conseguir a avaliação que o negócio chegou a ter antes da pandemia de Covid-19 causar uma desvalorização nos papéis da companhia, derrubando seu valor de mercado.

Foi uma equação simples: o Soma chegou muito perto do que a Hering pedia, e as conversas andaram rápido, uma vez que havia disposição da família em vender.