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Uso excessivo do celular pode provocar danos no pescoço e na coluna, alerta fisioterapeuta

Crianças e jovens são os mais afetados por conta de longas horas na internet.

Por Marcos Herbert / [email protected] em 01/06/2020 às 14:31:20

Foto: Divulgação

Em uma nova forma de manter as nossas rotinas em meio a pandemia, não podemos deixar de cuidar da nossa saúde física e emocional. Percebe-se um aumento significativo no uso de meios eletrônicos, tanto de trabalho, como de lazer.

Utilizar o aparelho celular com o pescoço inclinado para baixo sobrecarrega o corpo e provoca estresse na região cervical, além de causar danos à visão. Crianças e jovens são os mais afetados por conta também de longas horas na internet.

Responder às mensagens no WhatsApp, abrir notificações no Facebook, conferir os e-mails recebidos, ver as fotos que chegam. Apesar de tão rotineiros, esses passos - e outros - repetidos várias vezes ao dia, quando se pega o celular, têm provocado problemas para a saúde do nosso corpo. A fisioterapeuta Lisnei Wesendonck Carati, explica como surgem essas dores e desconfortos.

"Quando mantemos essa postura errada durante um tempo prolongado, acabamos gerando um estresse mecânico que leva a lesões teciduais locais e podem provocar dores e formigamentos na região cervical, nos membros superiores - braços e mãos - ou cabeça, trazendo enxaqueca".

O problema pode atingir a todos, já que são raras as pessoas que elevam o celular à altura dos olhos para não prejudicar o pescoço. Porém, entre crianças e adolescentes, a síndrome é ainda mais impactante, pois nessas fases da vida a coluna ainda está em desenvolvimento e cartilagens ocupam o lugar dos ossos.

"O que pode ser feito para evitar esses sintomas é buscar se manter em movimento, deixar sua articulação livre, praticar atividade física e sempre buscar uma postura mais ereta quando fizer uso do celular ou tablet."

Nestes casos, a recomendação é que a pessoa trabalhe com o celular em uma posição mais alta para evitar que o pescoço fique em flexão. Devemos lembrar que a cabeça tem um peso, e quanto maior a flexão do pescoço, maior será a tensão da musculatura na região posterior do pescoço.

Outra recomendação importante é que a pessoa faça intervalos e durante esse período pratique alguns alongamentos. Muitos aparelhos têm o recurso de transformar o ditado em texto, o que pode ser um grande auxiliar e evita a flexão prolongada do pescoço.

A postura mais adequada sempre será a mais ergonômica. No caso de uso do computador, o monitor deve ficar em uma linha de horizontal com os olhos, e não esquecer de ficar com os antebraços apoiados e joelhos fletidos em 90°. O mesmo deve ser observado ao ler um livro. Melhor sempre sentado e confortável, não deitado.

Como as crianças ainda não identificam essa dificuldade, é importante que os pais fiquem atentos ao comportamento delas. O malefício das tecnologias, para Lisnei, é mesmo o uso excessivo dos aplicativos - as crianças ficam dispersas, não interagem com o mundo real, adoecem e ficam mal-humoradas.

"Tem o lado bom, mas o ruim prevalece, na minha opinião. Afeta o apetite, atrapalha o sono, substitui as brincadeiras e, claro, causa irritação nos olhos, dor de cabeça e no corpo."

Como dicas para o dia a dia, é importante não aproximar demais os olhos dos celulares, tablets, computadores e livros. Eles devem ser mantidos a 30cm da face, fazer intervalos frequentes enquanto estiver utilizando esses objetos, realizar pausas para atividades em ambientes externos diariamente, usando a criatividade.

Ter bom senso em saber dosar o quanto é realmente necessário estarmos conectados nas redes sociais, prevenindo assim nossa saúde física e emocional.

Fonte: Ascom

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