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Velório de Maradona deve ter um milhão de pessoas na Casa Rosada

Enorme contingente nos arredores da Plaza de Mayo preocupa autoridades de segurança e também de saúde, em razão da pandemia do coronavírus

Por Redação Onda Positiva em 26/11/2020 às 08:25:45

Foto: Divulgação

Na mesma Casa Rosada em que mostrou aos argentinos o troféu da Copa do Mundo que havia acabado de conquistar com a seleção em 1986, o corpo de Diego Armando Maradona será velado nesta quinta-feira (25). O cerimonial na sede do governo local, na capital Buenos Aires, deve durar dois dias e reunir cerca de um milhão de pessoas.

O número estipulado pelo Executivo argentino, inclusive, preocupa os departamentos de saúde em razão da pandemia do novo coronavírus e as medidas de isolamento social. Até por isso, o horário preciso da cerimônia não foi divulgado.

Assim que soube da morte, o presidente Alberto Fernández rapidamente ofereceu a Casa Branca para as homenagens — os estádios do Argentino Juniors e do Boca Juniors, respectivamente times pelos quais Maradona começou a carreira e se consagrou também chegaram a ser cogitados para o funeral.

"Estava trabalhando quando me avisaram. Não pude acreditar. Estou desolado. A pior notícia que um torcedor do Argentino Juniors pode receber. Nós o amamos", disse Fernández, antes de entrar em contato com os familiares.

Uma vez confirmado o velório, trabalhadores começaram a preparar a Casa Rosada. Além da fachada e dos controles de acesso, a Plaza de Mayo também recebeu uma preparação especial para evitar aglomerações. O Ministério da Segurança do país foi envolvido na operação.

Em razão da pandemia, autoridades e demais astros do esporte não são esperados para o adeus ao ídolo. Nem mesmo a presença de Cristina Kirchner, ex e hoje vice-presidenta, está confirmada. Maradona e Nestor, seu antigo marido, morto em 2010, tinham ótimo relacionamento.

"Muita tristeza? Muita. Um grande se foi. Adeus, Diego. Nós te amamos muito. Um grande abraço aos seus familiares em entes queridos", escreveu Cristina no Twitter.

Em 1986, após o bicampeonato mundial da seleção argentina, na Copa do México, o capitão foi recebido por autoridades em um dos tradicionais balcões da Casa Rosada. Anos mais tarde, já em 2019, em outro momento icônico, o camisa 10 reencontrou Fernández e protestou contra o presidente antecessor Maurício Macri.

Maradona, que completou 60 anos no último 30 de outubro, se recuperava de uma cirurgia para drenar um hematoma no lado esquerdo do cérebro. O eterno camisa 10 hermano foi levado inicialmente para um hospital, na província de Buenos Aires, para fazer exames de rotina e avaliar um quadro de depressão e anemia. Nessa ocasião, o médico Leopoldo Luque optou por uma cirurgia de emergência para desfazer a pequena hemorragia. Após dez dias internado, o craque teve alta hospitalar da clínica em La Plata.

O ex-jogador vinha se recuperando fisicamente e, após sofrer com uma crise de abstinência de drogas e álcool ainda na clínica da província de Buenos Aires, decidiu se mudar para perto das filhas mais velhas. Maradona morreu em casa, durante à tarde, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Seis ambulâncias foram ao local na tentativa de reanimá-lo, mas sem sucesso.

A Argentina decretou luto oficial de três dias pela morte de Maradona.

Fonte: R7

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