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Queda de 10,3% no abate de bovinos indica que carne vai continuar cara

Produto poderá aumentar ainda mais

Por Redação Onda Positiva em 13/05/2021 às 15:31:30

Foto: James Tavares/Secom/BD

No primeiro trimestre do ano, o abate de bovinos no Brasil teve queda de 10,3% frente ao mesmo período do ano passado, segundo os primeiros resultados da produção brasileira divulgados pelo IBGE na quarta-feira. O abate de suínos cresceu 4,9% e o de frango, 2,4% no mesmo período. Isso significa que a carne bovina, preferida por expressiva parcela de brasileiros, vai continuar cara e poderá aumentar ainda mais.

Nos últimos 12 meses até abril deste ano, o preço médio da carne bovina subiu 35,05% no Brasil, segundo os levantamentos do IBGE para o IPCA, a inflação oficial, que teve alta acumulada de 6,76% no mesmo período. Entre os cortes de carnes que tiveram os maiores aumentos acumulados no país até abril foram músculo (40,90%), contrafilé (35,73%) e patinho (36,83%). As menores altas foram em capa de filé (18,57%) e filé-mignon (23,1%).

Santa Catarina não integra a pesquisa nacional do IPCA, mas os preços daqui têm acompanhado a média nacional, com pequenas variações para cima ou para baixo. A cesta básica apurada mensalmente pelo Dieese em 17 capitais brasileiras registrou alta da carne bovina em 15 cidades no mês passado. Florianópolis foi uma das duas com queda e registrou o maior recuo, de -1,56%. As maiores altas foram em Campo Grande (5,92%) e São Paulo (5,65%).

O Brasil, segundo maior produtor mundial de bovinos, enfrenta queda de animais para abate por uma questão de ciclo de produção, problemas climáticos e alto custo de alimentação. Além disso, tem a pressão do crescimento das exportações, que também reduz a oferta interna.

Desde meados do primeiro semestre do ano passado, o encarecimento da alimentação se tornou preocupante. Tanto o milho quanto a soja praticamente dobraram de preço no Brasil desde março do ano passado até agora. Nesse caso, também há impacto do dólar e das exportações de grãos.

Como as vendas externas seguirão em alta, o custo da alimentação animal também e a oferta de animais não sobe de uma hora para outra, o cenário é de carne bovina cara este ano.

Por isso, o brasileiro tem optado por outras fontes de proteínas, que também aumentaram. A carne suína teve alta de 30,71% nos últimos 12 meses e a carne de frango em pedaços subiu 14,78% e ovos, 3,66%, segundo os dados da inflação oficial do país.

Fonte: DC

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